sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Opinião sobre o pronunciamento de fim de ano da Presidente Dilma

Primeiro ouça o pronunciamento no link abaixo:


Sra. Presidente,
Ouvi seu pronunciamento de fim de ano e fiquei muito pensativo...
Perguntei-me: De que país ela está falando? Com certeza não é do Brasil que conhecemos!
Para iniciar, Sra. Presidente, não sou seu amigo, sou, como todos os cidadãos brasileiros representados por V. Exa., o seu patrão. Os eleitores brasileiros, na sua maioria, elegeram a Sra. e pagam o seu salário.
Tudo que ouvi foram mentiras e enganações, com certeza não é ao Brasil do povo sofrido e trabalhador a que a Sra. se refere. Não é ao nordestino sedento de água e necessitado de comida; aos produtores sem estradas para escoar seus produtos; ao pobre sem assistência de saúde; à criança sem escola; ao professor, ao médico, ao policial, aos militares das Forças Armadas e muitos outros trabalhadores sem salários dignos; ao cidadão sem transporte de massa decente; ao administrador público sem recursos para manutenção das suas instituições ou repartições públicas; e mais uma lista enorme de desassistidos a que se referiu.

“É para isso que você pega duro no batente todos os dias”.

Isso, sim, é uma grande verdade, pois grande parte dos trabalhadores brasileiros dão um duro danado para conseguir, no final do mês, míseros R$ 678,00 reais, enquanto um monte de bolsistas preguiçosos, e até criminosos, ganham mais do que isso sem trabalhar.
O brasileiro está cansado de pagar impostos exorbitantes e não ver o retorno.
Não esqueçamos que 2014 é ano de eleição, e o governo está preocupado em inaugurar, mais uma vez algumas estradas, algumas escolas ou outras obras quaisquer pela enésima vez.
O exemplo da fotografia do que se tinha no passado e o que se dispõe hoje não é real, não foi o PT que possibilitou a melhoria do nível de vida da população, muito ao contrário, o governo petista só alavancou os escândalos e os roubos de dinheiro público. Todo o Mundo cresceu nos últimos anos e, infelizmente, as taxas de crescimento brasileiras não estão entre as maiores, nem do continente americano!!!
Não sei como se consegue mentir tanto. Equilíbrio fiscal? Redução de impostos? Diminuição de contas de luz? Não vai dizer, também, que diminuiu o preço dos combustíveis, que deu aumentos para os professores, e que acabou com a corrupção? A corrupção só diminuiu porque alguns petistas foram condenados e estão na cadeia.

“Continuamos nossa luta incansável pela construção de um grande futuro para o Brasil, viabilizando a exploração do pré-sal e garantindo a destinação de seus fabulosos recursos para a educação e a saúde”.

Quando esse dinheiro vai começar a ser aplicado na educação e na saúde? As necessidades dos brasileiros são urgentíssimas e não podem esperar, Sra. presidente.
As estradas estão sendo construídas e ampliadas com que dinheiro? Será que os impostos exorbitantes cobrados sobre os automóveis e sobre o IPVA vão financiar essas obras, ou vamos pagar pedágios exagerados a cada 50 ou 100 quilômetros? Aonde foram parar todos os recursos que foram pagos nesses e outros impostos?
O programa Mais Médicos é uma fantasia, primeiramente porque não se tem a convicção de que os médicos estrangeiros sejam capacitados; segundo porque, mesmo que sejam qualificados, não dispõem de materiais e recursos para exercerem suas atividades de salvar vidas. Em alguns lugares não se tem hospitais, clínicas, leitos, seringas ou mesmo aspirinas... E parece que ninguém se preocupa com isso!
Não nego que alguns programas educacionais são úteis, mas beneficiam apenas uma pequena parcela da população. Muitos ainda necessitam estudar e não têm escola, e quando têm não são de boa qualidade. Algumas escolas do interior do Brasil não possuem salas, quadros, teto ou carteiras escolares...
Os programas assistenciais do governo são, na verdade, escravização do povo e compra de votos.
Interesses mesquinhos, Sra. Dilma, é usar dinheiro público para apoiar causas eleitoreiras enquanto a população passa fome, sede, e outras necessidades básicas.
Seu discurso, Sra. Presidente, foi muito repetitivo e, repito, eleitoreiro. Enganará alguns necessitados das bolsas x, y, z..., mas o povo esclarecido não.


Sebastião Wanderley

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